terça-feira, 28 de abril de 2009

De novo, Simon?

E mais uma vez o soprador de apito Carlos Eugênio Simon aprontou.Não há explicação para o penalti que ele apontou para o Ceará, na decisão do campeonato cearense contra o Fortaleza.E a peça ainda vai para a Copa do Mundo. Só no Brasil mesmo que um mau profissional é premiado a cada vez que ele faz besteira. O lance bizarro, para quem ainda não viu, segue abaixo.

E, em seguida, publico aqui a carta do figuraça Eduardo Bueno, que foi recentemente condenado a pagar R$ 15 mil de indenização ao apitador por ter se referido ao mesmo de uma forma jocosa em um livro sobre a história do Grêmio. Vale a pena ler o irreverente desabafo do popular "Peninha".



O jornalista Eduardo Rômulo Bueno, o Peninha (foto), terá que indenizar o árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simonem R$ 15 mil por danos morais.

A sentença da 13ª Vara Cível de Porto Alegre, proferida pela Juíza  Nara Elena Soares Batista, saiu  dia 8 e também prevê a exclusão do nome de Simon nas reimpressões do livro ‘Grêmio - Nada Pode Ser Maior’, assinado por Peninha e publicado pela Ediouro.
O processo se arrasta desde 2006, quando foi lançado o livro, que afirma que Simon está incluído na “vasta estirpe de juízes que surrupiaram o Grêmio ao longo dos últimos anos”.

A juíza argumentou que chamar o árbitro de ladrão durante ou após um jogo é diferente de escrever em um livro. Já os advogados do jornalista alegaram que “a paixão envolvida permite visões distorcidamente parciais, típica das paixões”. As partes ainda podem recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado.

Em seu livro “Grêmio: Nada pode ser maior”, o escritor Eduardo Bueno, o Peninha, escreveu, no tom jocoso que caracteriza quase todo o livro, que tem até uma homenagem aos brucutus, em sua primeira linha, que “Futebol-arte, todo mundo sabe, é coisa de veado”.

Escreveu, também, que o assoprador de apito Carlos Eugênio Simon fazia parte da “infame estirpe dos juízes que surrupiaram o Grêmio”. Por isso foi processado. E perdeu. O que o levou a distribuir o texto abaixo:

Por EDUARDO “PENINHA” BUENO

Depois de quase dois anos de trâmites, o processo que o apitador Carlos Simon moveu contra mim encerrou-se, em primeira instância, nessa última “quinta-feira santa”.

Fomos, a editora Ediouro, que publicou o livro “Grêmio: Nada pode ser maior”, de minha autoria, e eu próprio, condenados a pagar cerca de R$ 15 mil ao referido apitador.

Não sei ainda qual a opinião da editora, mas estou enviando esse email para revelar, de público, que, embora ainda caiba recurso, faço questão de “desembolsar” a supracitada quantia, já que considero quase um galhardão, um prêmio, um presente ser processado por alguém da estatura e do currículo de Carlos Simon.

Por vários motivos:

1) Porque tenho a esperança de que o referido profissional use o dinheiro para fazer cursinhos de atualização em arbitragem, de forma que passe a errar menos, em especial contra o Grêmio;

2) Porque me inspirou para escrever o livro “Os erros de Carlos Simon”, que será lançado em breve, com a disposição altruísta de que a rememoração do extenso rol de suas falhas o leve aprimorar-se em sua profissão e não marcar mais impedimento em cobrança de lateral;

3) Porque descobri que Ricardo Teixeira e a Comissão de Arbitragem da CBF– que eu desconhecia serem letrados – leram (oh, espanto!) meu livro “Grêmio: Nada pode ser maior”.
Como costumo tratar bem meus leitores, vou enviar-lhes um exemplar da nova obra . Enviarei um também para a Confederação de Futebol de Gana, onde Simon é muito admirado;

4) Porque o caso me inspirou a criar um site, errosdesimon.com. aberto à atualizações do público em geral, já que o livro não conseguirá acompanhar a rapidez com que o panorama se modifica;

5) Porque vou reescrever o livro “Grêmio: Nada pode ser maior”, extraindo a frase capada pela justiça e, no lugar dela, acrescentar um apêndice com todos os erros do supracitado árbitro contra o Grêmio – sempre na tentativa de que ele se aprimore. O livro já vendeu 23 mil exemplares, mas sei que a torcida do Grêmio comprará muito mais da nova edição;

6) Porque disposto a ajudá-lo a se aprimorar também na profissão de jornalista – que diz exercer, embora eu nunca tenha lido nem mesmo a frase “Ivo viu a uva” escrita por ele -, venho lançar de público um desafio: ele escreve um livro e eu apito um Grenal e veremos quem erra menos. (Desde criança, meu sonho sempre foi apitar um Grenal…). Se o desafio for considerado despropositado, sugiro então um debate público sobre o tema: “O que leva uma criança a decidir ser juiz de futebol?” Ou então sobre a inquietante questão “Quem somos, de onde viemos e para onde vamos”.

7) Por fim, porque tal processo com certeza unirá nossas trajetórias profissionais por um bom tempo e haverá de servir de estímulo para nos aprimorarmos mutuamente no exercício de nossas atividades – levando ainda mais longe o nome do nosso amado Rio Grande.

E, se, porventura, as obras que pretendo escrever sobre o referido árbitro – sempre, repito, no intuito de aprimorá-lo no exercício de sua dura faina – vierem, por algum motivo, a ser censuradas, os processos daí decorrentes certamente irão deflagrar estimulante debate sobre os limites da liberdade de expressão e de opinião.

Tenho certeza de que esse será um tema instigante, cujo desenrolar haverá de colaborar para amadurecimento da nação.

Eduardo Bueno

domingo, 26 de abril de 2009

Tentando justificar a preguiça

Depois de uma semana que já começou abortada por um feriadão, tudo correu muito rápido. Afazeres se acentuaram, e, quando vi, já era noite de sexta. Como tudo que é bom acaba rápido, o fim de semana voou. E, agora, me vejo, na noite de domingo, em frente ao meu computador, procurando o que fazer para completar esse dia.

Foi quando pensei: "faz alguns dias que não atualizo o blog. Estou falhando com meus poucos e fiéis leitores". Fiz o login no Blogger e quase caí para trás quando constatei que não escrevia aqui desde o sábado da semana passada. Sem dúvidas, ando bastante relapso. 

Jornalistas são acometidos de uma síndrome engraçada, a da abstinência do texto. Mas, ao contrário dos adictos, que não conseguem ficar sem seu vício, o jornalista, nas horas de folga, foge, igual diabo da cruz, do delicioso exercício da escrita. Pelo menos, eu sinto isso.

Nos meus tempos de faculdade, quando fazia parte do Centro Acadêmico, sempre organizávamos palestras para os calouros se ambientarem com a universidade. Em um dia determinado, reuníamos os neófitos para aprender sobre o curso de jornalismo. Daniel Welman, um dos professores com quem mais aprendi, era sempre convidado a falar e invariavelmente chocava a molecada ao dizer que jornalista não gosta de escrever. "Se você gosta de escrever, vá para Letras", sempre dizia Welman.

Na época tal afirmação me chocava um pouco, mas hoje me faz todo o sentido. O bacana do ofício de jornalista é se sentir parte integrante da história (por mais insignificante que ela possa parecer). É ouvir, conversar, colher informações, visitar lugares, se passar por outros personagens, se colocar na pele do mais favorecido ou do menos inteligente. Trazer para a redação (ou para casa, como fazem os freelancers - categoria na qual me incluo) relatos interessantes, que vão mexer com a vida de uma, algumas ou quase todas as pessoas. É um processo tão bacana que, não tem jeito, dá preguiça de escrever. É como se não quiséssemos voltar para a nossa realidade ferrada e mal paga, que nos acomete no instante seguinte que digitamos o ponto final na matéria e lembramos que temos contas a pagar.

A verdade é só essa. Eu escrevo tanto, o dia todo, tanta coisa que nem me lembro. Respondo e-mails diversos, fecho textos, análises, projetos. Caio na porrada em lista de discussão e comunidades do Orkut. E, quando a escrita tem que ser um mero exercício de prazer, eu acabo ficando meio cansado. 

De uma coisa eu tenho certeza: eu não devia mesmo ter feito Letras, apesar dos três períodos em que estive matriculado em Português-Literatura na UFRJ...

sábado, 18 de abril de 2009

Rosa na Ilha

Quer saber o que achei da contratação de Rosa Magalhães pela União da Ilha?
Leia na minha nova coluna no site SRZD-Carnavalesco.
Basta clicar aqui

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mainardi, essa é pra você...

Ontem o dia foi corrido e esqueci de postar sobre a "participação" do Lula no mais recente episódio de "South Park".  
Nunca antes na história desse país tivemos um presidente tido como um dos principais líderes mundiais. Os generais não conseguiram isso, muito menos os veneráveis intelectuais entreguistas da USP.
A matéria segue abaixo.

Presidente Lula vira personagem animado em "South Park"

colaboração para a Folha Online


O presidente Lula virou personagem na série de animação "South Park". É possível assistir ao episódio no site South Park Studios.

No episódio que foi ao ar nesta quarta-feira (15), nos Estados Unidos, intitulado "Pinewood Derby", Stan mata um alienígena tido como perigoso. Em seguida, a polícia espacial aterrissa na cidade e pergunta pelo alienígena.

Reprodução
Presidente Lula (à esq.) aparece como um personagem na série animada "South Park"; no episódio que foi ao ar ontem (15) nos EUA
Presidente Lula (à esq.) aparece como um personagem na série animada "South Park"; no episódio que foi ao ar ontem (15) nos EUA

O pai de Stan, que está conversando por telefone com diversos líderes mundiais, entre os quais Lula, questiona se alguém viu o alienígena.

Nesse momento, a tela se divide em quatro, mostrando vários políticos que negam ter visto a criatura. O presidente Lula aparece nesse momento no canto inferior direito, sentado com a bandeira do Brasil ao fundo.

A polícia espacial explica que o alienígena é procurado por roubar milhões em dinheiro do espaço, que é logo encontrado pelos personagens. Eles mentem sobre desconhecerem o paradeiro do dinheiro.

A partir daí, o pai de Stan começa a controlar e dividir o dinheiro entre os países do mundo. Diante da ameaça da Finlândia de revelar a verdade à polícia espacial, as demais nações resolvem acabar com o país nórdico.

Em uma nova visita da polícia espacial, os personagens voltam a mentir, com a exceção de Stan. É nesse momento que Lula volta a surgir, desta vez no canto inferior esquerdo da tela, acompanhado de dois assessores. Para manter a história mentirosa, ele solta a fala: "Sem mudanças".

Outros líderes mundiais também podem ser identificados, como o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, entre outros.

No fim, a polícia espacial revela que o caso do alienígena procurado não passa de um teste para ver se um planeta é confiável o suficiente para se juntar à Federação dos Planetas.

terça-feira, 14 de abril de 2009

É peruca!!!

Nada mais faz sentido depois que Maísa revelou ao mundo a verdade capilar de Silvio Santos.
Para quem não viu, o vídeo está abaixo:


sábado, 11 de abril de 2009

Mais uma coluna

Atualizei minha coluna no SRZD-Carnavalesco. Nesta semana,  falo sobre a importância de um bom enredo para o resultado de um desfile.
Confira: www.carnavalesco.com.br

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Não posso dormir sem falar

Como é bom "Years of Refusal", o novo disco do Morrissey!
Se você gosta dos Smiths, mas acha meia bomba a carreira solo de seu ex-vocalista, prepare-se. A boa e velha sonoridade está de volta. É daqueles discos que você não pula uma faixa.
Ouvi duas vezes seguidas. Já me viciei.


quinta-feira, 9 de abril de 2009

Carregando a nossa cruz de cada dia

Semana Santa. Pois é. Esse ano tá voando. Não faz muito tempo e eu estava na Sapucaí curtindo as campeãs...  Chegou a hora de encher o bucho de chocolate e bacalhau. 

Alguns dirão que não é hora só de comilança. Que existe toda uma religiosidade embutida na data e etc. Toda aquela cantilena anti-materialista que muita gente repete ad-nauseam só para ser politicamente correto. É evidente que a Páscoa é uma festa de fundo religioso. Mas, como quase tudo em nossa mercantilista vida pós-moderna, ela está cada vez mais distante da religiosidade.

Quem me conhece bem, sabe que não morro de amores pela Igreja Católica. Como diriam os Titãs em um de seus clássicos, não gosto de padre,  não gosto de madre, não gosto de frei. Nunca me senti à vontade com a doutrina católica, tão cheias de culpas e hipocrisias. Muito menos, em qualquer momento de minha vida,  tolerei a figura de um Deus que só pune. Ao mesmo tempo, via católicos tão dotados de "religiosidade" fazendo de tudo durante a semana: fofocando no portão, falando mal dos outros, tentando enganar o padeiro no troco. Mas eles sempre foram santos. Bastava chegar cedo na igreja domingo, ajudar o padre nas leituras e participar mensalmente dos encontros de casais.

Por outro lado, dou muito valor à sincera religiosidade. Todavia, nunca achei que fosse preciso ir à qualquer templo ou igreja para isso. Conheço pessoas que se dedicam a cultivar bons pensamentos, que querem bem aos semelhantes e que conseguem viver de uma forma muito bonita sem ter que bater cartão na missa ou pagar dízimo. Eu as admiro. Por que, por mais que eu tenha me encontrado no kardecismo, não consigo parar todos os dias para uma simples oração. Tenho que melhorar nisso. Mas, pelo menos, não procuro fazer o mal a ninguém. Já é alguma coisa.

O que um anti-católico como eu pode tirar de lição da Páscoa? Bem... o maior exemplo para mim é o sofrimento e a luta de Jesus para propagar suas verdades e tentar ensinar a uma (já) egoísta e destrutiva humanidade que o único caminho é o amor e o respeito ao próximo. A cada dia mais me convenço que o sofrimento ensina e sempre vale a pena, por mais inglória que pareça a luta. Como já ouvi várias vezes no centro espírita, cada um carrega a cruz que merece carregar. A minha tá pesada. Mas sigo firme. Fiel aos meus princípios e, principalmente, sem dar rasteira em ninguém.

Uma boa Páscoa. Muito chocolate e bacalhau. E juízo.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Digressões sobre o cyberespaço

Não sei se nóia minha,  mas eu acho que as pessoas eram mais interessantes e tinham mais a falar antes da internet. Nem de longe estou falando mal da grande rede: sou internauta daqueles que ficam pelo menos duas horas por dia em frente ao computador querendo interagir e saber de tudo. Saber de tudo. Esse é o problema.

Há uns 20 anos atrás, quando ainda era adolescente, eu tinha vontade de querer saber de tudo, de encontrar as informações que bem entendesse na hora em que tivesse necessidade. Era uma coisa meio utópica. Por saber ser utopia, me contentava com as enciclopédias e delirava ao sentir o cheiro de mofo das bibliotecas, especialmente das seções de periódicos. Tanto que comecei a colecionar jornais e revistas com as notícias que mais me interessavam. Muita coisa já se perdeu nas mudanças de casa, mas ainda tenho muita coisa aqui guardada. Vários exemplares da revista Bizz (no auge da minha fase MTV), matérias de títulos do Vasco, eleições, Rock in Rio e, lógico, reportagens de carnaval. Aliás, essa é a única coleção que ainda mantenho. Todo ano compro todos os jornais do Rio de sábado de carnaval até a quinta-feira seguinte. Esse ano, tive que mobilizar minha pobre mãe na tarefa de correr atrás dos exemplares de sábado e domingo de carnaval, até que, com minha chegada ao Rio, completei tranquilamente minha coleção.

Hoje em dia,  temos a internet. Todas (ou quase todas) as informações que queremos estão a um ou dois cliques. Mas, sinceramente, não sei se estamos preparados para isso. Pelo menos, a minha geração, que teve provinhas do Jardim de Infância rodadas em mimeógrafos e que agora vê os sobrinhos e afilhados olhando para o seu gravador K7 como se ele fosse um artefato da idade da pedra.

Temos toda a informação do mundo, mas não sabemos processar. Temos todas as facilidades e deixamos de treinar nossas memória e compreensão. Antes do celular, eu sabia todos os telefones de cor. Agora, só falta eu puxar na memória do aparelho o telefone de casa. Ainda não o esqueci, graças ao telemarketing, que sempre nos pede para confirmar nossos dados quando ligamos para as centrais - um belo exercício mnemônico, diga-se de passagem. Graças a isso, ainda sei o meu número de CPF e RG.

No Rio de Janeiro, temos o hábito de encontrar um conhecido na rua e falar: "pô... vamos marcar de tomar um chope um dia desses... eu te ligo!". Sim. A versão digital desse hábito está no MSN e o Orkut. Você encontra ou conhece alguém e já logo pergunta se a pessoa usa esses serviços. Você o adiciona. Pronto. Mais um na sua multidão virtual.

Meu Orkut tem 914 amigos. Isso porque estou começando, de leve, a fazer uma faxina. Meu MSN tem 263 contatos e, neste momento que vos escrevo, tenho 23 online. Isso deve ocorrer com você também. Aí eu pergunto: quantas pessoas te mandam recado diariamente? Não me refiro a correntes de e-mails ou scraps genéricos e engraçadinhos. E sim, a mensagens onde o emissor e o receptor são definidos desde o início e há uma preocupação genuína com uma conversa. Sim. Uma simples conversa. Reconheço que é impossível travarmos contato periódico com tanta gente. Mas, cá entre nós: nos tempos do telefone e da carta, nós dedicávamos mais tempo às pessoas queridas, não?

A internet é muito contraditória. Aproxima e, ao mesmo tempo, afasta as pessoas. Nos traz informação, mas não nos ajuda a processar conhecimento.

Bem, é o que acho. Ou será que estou ficando esclerosado?

domingo, 5 de abril de 2009

Viagem ao reino da inutilidade

Tarde de sábado é bem propícia para a preguiça. Não é como a de domingo,  que se não fosse o futebol, seria o período ideal para hibernar e só acordar na segunda-feira. Mas, sabe como é, moro em uma cidade sem muitas opções de lazer e que, quando São Pedro resolve abrir o maçarico, não há cristão que aguente.

Como o povo aqui tem medo de sol e calor e ainda não arrumei voluntários para uma peladinha ou para assar umas carnes mal passadas, fiquei no sofá a tarde toda, curtindo um ventinho gelado do meu climatizador. Manejando o controle remoto, me deparei com a tradicional falta de opção nos mais de 150 canais da SKY. Aliás, TV por assinatura é o tipo da coisa que a gente vive reclamando, mas não larga. É melhor pagar mais de 100 reais por mês e dar a sorte de encontrar algo do que ficar à mercê da TV aberta e suas bizarrias.

Eu adquiri o Premiere Futebol Clube. Pacote básico, com Campeonato Carioca e Brasileiro das Séries A e B (fazer o quê, né?). Então, minhas modorrentas tardes de fim de semana são bem ocupadas, com pelejas emocionantes como Bangu X Americano - que me fez roncar e babar igual criança pequena há uns dois sábados atrás. Sem falar, é lógico, nos jogos do Vasco e dos outros clubes grandes do Rio.

Desde 1º de abril, o PFC liberou todos os estaduais para os assinantes. Além disso,também estão "di gratis" o canal de porradaria entre machos sem camisa (há quem goste...) e o pay-per-view do BBB 9. Pois é. Um verdadeiro banquete para quem gosta de ver gente (com muito menos neurônio) fazendo exatamente o que a gente faz em casa.

Não vou bancar aqui o intelectualóide mau humorado. Eu assisto o BBB de vez em quando. Me divirto com a falta de noção das gostosonas que estão no açougue, sabem que estão, mas fingem não estar e querem, a todo custo, mostrar que não são só um corpinho bonito. Deliro de gargalhar com os caras bombados fingindo erudição e citando aquelas frase dos Seleções do Reader´s Digest como se fosse o mais novo tratado científico. E, não sou hipócrita: babo com os corpos (siliconados, ou não) das moçoilas. Balizo meus votos e minha torcida ao longo do programa de acordo com a agenda de fechamentos de capa da Playboy. Penso sempre: "não... fulana não pode sair agora, pq a revista já tem capa do mês que vem... ela pode ficar mais um pouco com aquele biquininho na piscina...". Portanto, já digo logo: a Priscila NÃO pode ganhar. Afinal, como ela disse, se não vencer, ela vai ter que arrumar outras formas de ganhar o milhão tão sonhado. Quem sabe com uma participação nas vendagens de revista ela não consegue? 

Não preciso dizer em que canal eu fiquei um bom pedaço da minha tarde, né? Foi uma experiência daquelas. Acompanhei uma conversa interessantíssima dos quatro brothers restantes. Uma verdadeira aula de Francine para os demais sobre tudo que um bom sexo oral deve ter e como um homem deve dar prazer a uma mulher com outras partes fálicas do corpo. Biscoito fino. Foi mais de uma hora de puro sexo verbal que foi interrompida pelo enésimo toque de campainha da direção do programa, que implorava para que o assunto acabasse por ali. O papo só terminou quando Francine recomendou os filmes pornôs do Rocco, porque ele tem uma "mandioca daquele tamanho"... Imagino a cara das pobres mães de família que assinaram o pacote e resolveram assistir com seus pimpolhos enquanto não dava a hora deles "descansarem o almoço"...

Confesso que foi divertido. Mas, a viagem ao reino da inutilidade é um caminho perigoso. Pode não ter volta. 



quinta-feira, 2 de abril de 2009

Um convite

Hoje iniciei uma coluna sobre carnaval em um dos sites mais prestigiados sobre nossa maior festa, o SRZD-Carnavalesco. Toda semana, comentarei os assuntos mais quentes do dia-a-dia das escolas de samba. Conto com sua visita e com o seu comentário: www.carnavalesco.com.br

E não reparem a caricatura... eu não sou tão feio assim... kkkkkkkk

quarta-feira, 1 de abril de 2009

E o varandão da saudade continua...

Apesar de já estarmos nos primeiros minutos do dia 1º de abril, faço um post retroativo.

O dia 31 de março ficou para sempre marcado para mim. Nesta data, em 1990, eu adentrava o gramado do estádio (?)  do Flamengo para assistir ao meu primeiro show, o da (então) minha banda favorita, o Oingo Boingo.

Quem tem mais de 30 anos deve estar sentindo um leve cheiro de naftalina surgindo do nada. Afinal, confesse, você não deve ouvir falar nessa banda há pelo menos uns 15 anos. Pois é. Em 1990 eu era um fã xiita do Boingo (que ainda é uma das minhas bandas favoritas até hoje, é bom salientar). Quem nunca curtiu uma matinê ao som de "Just Another Day", "Dead Man´s Party", "Weird Science", "We Close Our Eyes" e "Not My Slave"? Isso, sem falar, obviamente, de "Stay", a mais manjada, trilha de novela e integrante obrigatória do playlist de qualquer festa retrô.

O Boingo surgiu na Califórnia no final dos anos 70. Derivado de um grupo de teatro,  manteve, como banda de rock, sua verve histriônica e lúdica. A começar pela sua formação inusitada: duas guitarras, baixo, bateria, teclado e um naipe de metais, totalizando oito integrantes. Liderado por Danny Elfman, foi uma das bandas que lideraram o movimento new-wave e fez a cabeça de surfistas e skatistas. Sabe-se lá o porquê, nunca atingiu nos Estados Unidos o êxito que fez em outros países, como o Brasil. Não é a toa que o Rio de Janeiro legou à banda o maior público de sua história: 30 mil pessoas,  dentre eles, esse escriba, então com 14 anos de fedelhice.

A banda lançou seu último CD de estúdio em 1994. Esporadicamente se reúne. Até porque, Danny Elfman hoje é milionário. Simplesmente é o autor das trilhas sonoras de muitos filmes, como "Edward Mãos de Tesoura", "Os Fantasmas se Divertem", "A Fantástica Fábrica de Chocolate", "Homem Aranha", além dos temas de "Desperate Housewives" e "Os Simpsons" -esta, sua criação mais famosa. No Oscar 2009, ele foi indicado pela trilha sonora de "Milk - A Voz da Igualdade", mas não levou a estatueta para sua mansão de Beverly Hills.

Para celebrar o "Dia do Oingo Boingo", deixo para vocês um vídeo. Mas, não vou ser óbvio. Vou colocar uma música que não tocou na sua vitrola, mas é bem bacana e mostra todo o bom humor da banda. Com vocês, "Little girls", com Oingo Boingo!