segunda-feira, 1 de junho de 2009

As sedes da Copa

Em qualquer rodinha de conversa nesta segunda-feira, se debaterá a escolha das 12 sedes da Copa do Mundo 2014. Achei a escolha da Fifa bastante coerente. Tenho apenas algumas objeções, mas, no geral, acho que a Fifa estabeleceu critérios que levaram em conta a distribuição geográfica,  a tradição futebolística e a estrutura das cidades. E ainda fez uma politicagem básica... mas, isso é inevitável...

A Fifa contemplou as cinco regiões do país de uma forma bastante equilibrada. Ao contrário de alguns preconceituosos do Sul/Sudeste, não acho exagero nenhum termos 4 capitais nordestinas. A Copa será em junho e julho, em pleno inverno no Hemisfério Norte , e nada mais natural do que termos como atrativos para os torcedores belas cidades, com ótima estrutura turística e clima quente o ano todo. Os europeus vão adorar.  

Brasília é a capital e não poderia ficar de fora. As três capitais do Sudeste, sem contestação. Três dos maiores centros do futebol brasileiro.

O Sul pode se queixar de Florianópolis ter ficado de fora, mas, na minha opinião foi uma decisão acertada. A capital catarinense ainda não tem a estrutura urbana que Porto Alegre e Curitiba têm, especialmente no que diz respeito ao transporte público e trafegabilidade. A cidade cresceu muito rapidamente nos últimos 15 anos, e de forma desordenada, com engarrafamentos de deixar paulista com inveja. E os apagões, quase diários no verão? Não se repetiriam em uma Copa? Com certeza, isso pesou. 

Apenas acho que Belém poderia ser a sede da Região Norte, mas Manaus também tem seu valor. É uma cidade moderna e rica, ao contrário do que muitos preconceituosos acham. O que me preocupa é o que será feito do estádio de Cuiabá. Reconheço a importância do Centro-Oeste estar presente, mas a pouca tradição do futebol local fará do Verdão se transformar no maior elefante branco do Brasil depois da Copa. Mas isso não seria diferente se a escolha fosse por Campo Grande. Espero que a Copa faça o futebol matogrossense merecer mais atenção e investimentos, para justificar o que irá se gastar em um novo estádio.  

No meio disso tudo, quem se prejudicou foi Goiânia, que, por sua tradição e estrutura, não merecia ficar de fora. A proximidade com Brasília sepultou suas chances. Uma pena.

 

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